segunda-feira, 28 de abril de 2008

Miedo

una bella canción que no salga de mi pensamiento

uma canção que não me sai do pensamento

Miedo
Lenine
Composição: Pedro Guerra/Lenine/Robney Assis



Tienen miedo del amor y no saber amar
Tienen miedo de la sombra y miedo de la luz
Tienen miedo de pedir y miedo de callar
Miedo que da miedo del miedo que da

Tienen miedo de subir y miedo de bajar
Tienen miedo de la noche y miedo del azul
Tienen miedo de escupir y miedo de aguantar
Miedo que da miedo del miedo que da


El miedo es una sombra que el temor no esquiva
El miedo es una trampa que atrapó al amor
El miedo es la palanca que apagó la vida
El miedo es una grieta que agrandó el dolor


Tenho medo de gente e de solidão
Tenho medo da vida e medo de morrer
Tenho medo de ficar e medo de escapulir
Medo que dá medo do medo que dá

Tenho medo de acender e medo de apagar
Tenho medo de esperar e medo de partir
Tenho medo de correr e medo de cair
Medo que dá medo do medo que dá

O medo é uma linha que separa o mundo
O medo é uma casa aonde ninguém vai
O medo é como um laço que se aperta em nós
O medo é uma força que não me deixa andar


Tienen miedo de reir y miedo de llorar
Tienen miedo de encontrarse y miedo de no ser
Tienen miedo de decir y miedo de escuchar
Miedo que da miedo del miedo que da
Tenho medo de parar e medo de avançar
Tenho medo de amarrar e medo de quebrar
Tenho medo de exigir e medo de deixar
Medo que dá medo do medo que dá


O medo é uma sombra que o temor não desvia
O medo é uma armadilha que pegou o amor
O medo é uma chave, que apagou a vida
O medo é uma brecha que fez crescer a dor


El miedo es una raya que separa el mundo
El miedo es una casa donde nadie va
El miedo es como un lazo que se apierta en nudo
El miedo es una fuerza que me impide andar


Medo de olhar no fundo
Medo de dobrar a esquina
Medo de ficar no escuro
De passar em branco, de cruzar a linha
Medo de se achar sozinho
De perder a rédea, a pose e o prumo
Medo de pedir arrego, medo de vagar sem rumo
Medo estampado na cara ou escondido no porão
O medo circulando nas veias
Ou em rota de colisão
O medo é do Deus ou do demo
É ordem ou é confusão
O medo é medonho, o medo domina
O medo é a medida da indecisão

Medo de fechar a cara
Medo de encarar
Medo de calar a boca
Medo de escutar
Medo de passar a perna
Medo de cair
Medo de fazer de conta
Medo de dormir
Medo de se arrepender
Medo de deixar por fazer
Medo de se amargurar pelo que não se fez
Medo de perder a vez
Medo de fugir da raia na hora H
Medo de morrer na praia depois de beber o mar
Medo... que dá medo do medo que dá
Medo... que dá medo do medo que dá

sábado, 26 de abril de 2008

Lusa: a Matriz Portuguesa

Ontem fui ao CCBB ver a exposição sobre um Portugal pouco conhecido de todos nós: o anterior ao "achamento" do Brasil, um período que se estende de sua pré-história até 1500, discorrendo sobre a "formação da gente e do reino portugueses".
É um programa muito bacana... o CCBB, além de ser um belo lugar, oferece uma programação cultural riquíssima, com shows, peças, filmes e exposições... pena que o acesso, de maneira geral, seja para uns poucos... mesmo com o ônibus que passa por diversos pontos, ainda é difícil para nós, pobres mortais do subúrbio brasiliense, ir a um lugar tão longe e aproveitar tudo o que ele nos oferece (mesmo com o baixo custo).
De qualquer forma, gostei muito da exposição (fui levar minha cunhada para fazer um tour por Brasília) e me maravilhei com os objetos que "evidenciam os grandes feitos de Portugal, a partir da Alta Idade Média". Tais feitos têm origem numa história densa, dramática, "uma vez que povos tão diferentes quanto celtas e romanos, visigodos e árabes acabaram por se mesclar no extremo ocidental da península ibérica".
Mesmo com as lutas pelo território, o comércio foi um dos principais responsáveis pela expansão das cidades e vemos a influência da convivência das comunidades cristã, islâmica e judaica em cada uma das peças expostas e, "sob esses traços de identidade, uma constante: o mar, isto é, a ciência da navegação repartindo-se em negócios, civilização e a elevada poesia que culmina em Os Lusíadas de Camões". Ah, meu amor pela língua portuguesa não tem limites!!!!



"... E a orla branca foi de ilha em continente
Clareou, correndo até o fim do mundo
E viu-se a terra inteira, de repente
Surgir redonda do azul profundo..."


Pessoa, sempre Pessoa

quinta-feira, 24 de abril de 2008

2 PERDIDOS

Arnaldo Antunes
Composição: Arnaldo Antunes / Dadi



"Quando eu quis você
Você não me quis
Quando eu fui feliz
Você foi ruim
Quando foi afim
Não soube se dar
Eu estava lá mas você não viu


Tá fazendo frio nesse lugar
Onde eu já não caibo mais
Onde eu já não caibo mais
Onde eu já não caibo mais
Onde eu já não caibo em mim


Se eu já me perdi
Quando perdi você
Quando eu quis você
Você desprezou
Quando se acabou
Quis voltar atrás
Quando eu fui falar
Minha voz falhou
Tudo se apagou você não me viu


Tá fazendo frio nesse lugar
Onde eu já não caibo mais
Onde eu já não caibo mais
Onde eu já não caibo mais
Onde eu já não caibo em mim


Mas se eu já me perdi
Como vou me perder
Se eu já me perdi
Quando perdi você
Mas se eu já te perdi
Como vou me perder "

segunda-feira, 21 de abril de 2008

o luar....

Como boa adoradora da lua que sou, não mais me surpreendo com os momentos maravilhosos que passo sob o seu olhar... ela me ilumina, inspira, convida a sempre querer mais... uma companhia indescritível, uma noite de risos e prazer compartilhado, a amizade, o amor...

segunda-feira, 7 de abril de 2008


"Cartas de amor são inscritas não para dar notícias, não para contar nada,


mas para que mãos separadas se toquem ao tocarem a mesma folha de papel".




Rubens Alves

quarta-feira, 2 de abril de 2008

um dia, uma canção...

Onde ir

"Eu não sei o que vi aqui
eu não sei para onde ir
Eu não sei por que moro ali
eu não sei por que estou

Eu não sei para onde a gente vai
andando pelo mundo
Eu não sei para onde o mundo vai
Neste breu vou sem rumo


Só sei que o mundo vai de lá pra cá
andando por ali, por acolá
Querendo ver um sol que não chega
Querendo ter alguém que não vem, não vem....



Cada um sabe dos gostos que tem
Suas escolhas, suas curas, seus jardins
De que adianta a espera de alguém?
O mundo todo reside dentro, em mim
Cada um pode com a força que tem
Na leveza e na doçura
de ser feliz."

Vanessa da Mata